Hoje ao entrar no meu orkut me deparei com uma notícia triste, uma integrante da ONG que sou voluntária (a HATMO, saiba mais aqui) faleceu, ela foi acometida por leucemia linfoide aguda, e sua cura seria possível com o transplante de medula óssea, só que além de todos os problemas que a doença trás, achar um doador compatível era o maior dos problemas já que os número de cadastrados ainda é baixo e a probabilidade de achar uma pessoa compatível com outra é de 1 em 100000 pessoas isso devido a toda nossa mistura de raças. Pois bem, em um dos encontros da HATMO conheci Juliana, uma moça bonita, casada, mãe de dois filhos e que estava travando essa luta contra o câncer, há um tempo atrás ela achou pessoas compatíveis com ela e obviamente a felicidade foi imensa e a persperctiva de vida se tornou colossal, mas, que o destino mais uma vez pregou uma triste peça em Juliana, um dos doadores não ir poder doar por estar passando pro problemas de saúde e outro simplesmente desistiu de doar por medo, tirando assim as possibilidade de Juliana sair daquela situação viva. Com esse fato me senti na obrigação de fazer um apelo e um pedido a todos a quem já é cadastrado no REDOME (Registro nacional de doadores de medula) e aos que ainda não são, a quem já é não seja apenas um cadastrado seja alguém disposto de corpo, alma e coração a salvar vidas e a quem não sé que se torne um, por mais que sinta medo, por mais que pense que vai doar vc acha que a vida é menos do que essas frescurinhas bestas? Obviamente que não, só conhece o quanto é triste ver alguém sofrer com o Câncer quem já viu de perto a olho nu e cru. Abaixo mostrarei uma carta que Juliana fez.
Juliana Rodrigues faleceu hoje (05/02/2011) pela manhã...
Carta escrita por Juliana Rodrigues:
Curitiba/PR, 11 de novembro de 2010
Não seja apenas um cadastrado, Seja um “doador” de medula óssea.
Meu nome é Juliana Rodrigues, 37 anos, casada, mãe de dois filhos (10 e 6 anos). Desde outubro/2009 fui acometida pela Leucemia Linfoide Aguda, doença que trás como sinônimo; internações, transfusões, restrições, separações,... Enfim, queixas iguais a de todos que passam por esse longo e doloroso tratamento em busca da cura. O meu caso tem indicação de transplante de medula óssea e meus queridos irmãos infelizmente não são compatíveis comigo. Fui cadastrada no Registro de Receptor de Medula óssea (REREME), e no Registro de Doador de Medula Óssea (REDOME) encontramos o que não tinha conseguido em minha família, um doador compatível, e para minha grande surpresa não era apenas um, e sim dois 100% compatíveis comigo. Dá para imaginar a minha alegria e satisfação nesse momento? As estatísticas do INCA mostram a dificuldade em se encontrar um doador compatível fora da família, principalmente aqui no Brasil devido a nossa miscigenação, e eu descobri que tenho dois compatíveis. Eu nem acreditava que meus problemas estavam perto de minimizar, e por que não dizer acabar? Considerando que o transplante de medula é minha única chance de cura. Mas infelizmente veio à notícia bombástica, um não podia doar por estar passando por problemas de saúde e o outro “desistiu de doar”. Essa possibilidade é imaginada, mas não é esperada, já que o indivíduo se cadastrou como doador voluntário de medula óssea sabendo exatamente a que estava se propondo que é doar esperança para depois doar vida, desistiu porque tinha “medo”... Meu Deus! Que sentimento é esse que chega ser superior ao de salvar o seu semelhante? Saber que estar em suas mãos fazer a diferença na vida de uma pessoa não foi suficiente para fazê-lo (a) vencer esse MEDO, refletir sobre o mandamento que Deus nos ensinou “AMARÁS O TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO”, talvez tivesse ajudado a vencer esse sentimento terrível que me negou a oportunidade da vida e o convívio com meus filhos, meu marido, meus pais, meus irmãos, meus familiares. Enfim com todos que eu amo e que fazem parte da minha luta constante pela sobrevivência. Assim, diante dessa situação por mim vivenciada, sinto necessidade de divulgar este desabafo e ao mesmo tempo apelo, objetivando que outros pacientes que esperam por um doador compatível, não venham passar por essa tristeza e frustração.
Aconselho a todos que se cadastraram e aos que pretendem se cadastrarem como doador voluntário de medula óssea a terem plena consciência da responsabilidade que estão assumindo ao levar esperança para quem precisa. Isso não é brincadeira, são vidas que estão em jogo e que sua decisão pode fazer a diferença entre a vida e a morte de alguém.
Assim, Não seja apenas um cadastrado, Seja um “doador” de medula óssea. Com esse gesto de amor e solidariedade ao próximo você salva vidas, o que é melhor, ainda em vida.
Juliana Rodrigues
Aqui fica meu pedido, ou melhor minha INTIMAÇÃO, doe sangue, doe medula óssea, doe órgãos e DOE VIDA!
Para se tornar um doador de sangue basta apenas vc ter mais de 18 anos, ter uma boa saúde e pesar acima de 50kg, para ser doador de medula óssea só basta querer e se cadastrar em qualquer Hemocentro no cadastro nacional e para ser doador de órgãos basta vc avisar a sua família. Com alguns gestos simples vc pode salvar vidas, faça sua parte e mostre que vc não veio ao mundo só a passeio não.
Beijinhos,
Júlia.
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